quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Gabarito Banrisul 2005

41. Anulada
42. E
43. D
44. C
45. E
46. D
47. E
48. B
49. B
50. B
51. D
52. E
53. A
54. C
55. C
56. A
57. B
58. A
59. D
60. E

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Gabarito Banrisul 2001

61. A
62. C
63. B
64. Anulada
65. A
66. D
67. E
68. Anulada
69. C
70. B
71. B
72. Anulada
73. B
74. D
75. A
76. E
77. C
78. D
79. A
80. E

domingo, 20 de dezembro de 2009

Prova Banrisul 2005

Olá Pessoal

Mais uma prova do Banrisul, desta vez a de 2005, aproveitem e vejam a diferença da prova de 2001.

Daqui uns dias coloco o gabarito.

41. Considere as seguintes atribuições.
I – Executar os serviços do meio circulante
II – Exercer o controle do crédito
III – Emitir títulos de responsabilidade própria
IV – Autorizar a emissão de papel-moeda
V – Fiscalizar as sociedades de capital aberto e o mercado de capitais
Quais se incluem entre as atribuições do Banco Central do Brasil?
a) Apenas a I, a II e a III
b) Apenas a I, a II e a IV
c) Apenas a I, a III e a IV
d) Apenas a II, a III e a V
e) A I, a II, a III a IV e a V

42. O Banco Central do Brasil poderá expandir o agregado monetário M1, também conhecido por meios de pagamento tipo 1, através das seguintes medidas:
a) elevação da taxa de redesconto e colocação líquida de títulos através de operações de mercado aberto
b) elevação da taxa de compulsório e redução da taxa de redesconto
c) elevação da taxa de compulsório e resgate líquido de títulos através de operações de mercado aberto
d) redução de taxa de compulsório e colocação líquida de títulos através de operações de mercado aberto
e) redução da taxa de redesconto e resgate líquido de títulos através de operações de mercado aberto

43. Compõe o agregado monetário conhecido por base monetária
a) o papel-moeda emitido, menos os encaixes em moeda corrente nos bancos comerciais
b) o papel-moeda em circulação, menos as reservas bancárias em depósito no Banco Central
c) o papel-moeda em poder do público, mais os encaixes em moeda corrente dos bancos comerciais
d) o papel-moeda emitido, mais as reservas bancárias em depósito no Banco Central
e) os encaixes em moeda corrente dos bancos comerciais, mais as reservas bancárias em depósito no Banco Central

44. Chama-se leasing a operação:
a) de financiamento do BNDES através da FINAME.
b) através da qual se obriga um fiador a garantir operação de crédito.
c) que permite ao arrendatário o uso de um bem sem precisar comprá-lo.
d) de swap de taxa de juros.
e) que permite a internalização de recursos externos.

45. De acordo com o Manual de Normas e Instruções (MNI), do Banco Central do Brasil, pode-se afirmar que os bancos comerciais têm autorização para
I – captar depósitos à vista e a prazo fixo.
II – descontar títulos.
III – realizar operações de crédito rural, de câmbio e de comércio internacional.
IV – obter recursos externos para repasse.
V – realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente.
Quais as operações estão corretas?
a) Apenas a I, a II e a III.
b) Apenas a I, a II e a IV.
c) Apenas a I, a III e a V.
d) Apenas a II, a III e a V.
e) A I, a II, a III, a IV e a V.

46. Em relação ao Certificado de Depósito Bancário (CDB), podemos afirmar que
a) é um título de captação de recursos de utilização exclusiva de sociedade de crédito, financiamento e investimento (financeiras).
b) é um título que pode ser emitido por credores de crédito imobiliário.
c) é um título intransferível por endosso.
d) os recursos captados por seu intermédio são repassados aos clientes na forma de empréstimo.
e) os seus rendimentos são sempre isentos de Imposto de Renda.

47. O suprimento de recursos financeiros para aplicação exclusiva nas atividades agropecuárias, que é o propósito do crédito rural, conta com variados instrumentos e/ou modalidades. Considere os abaixo citados.
I – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): é um programa de apoio ao desenvolvimento rural com base em uma rede de agências bancárias.
II – Cédula de Produto Rural (CPR): é um título emitido pelo produtor e pelo qual ele financia a produção, podendo ser CPR física ou CPR financeira.
III – Empréstimos do Governo Federal (EGF): são operações que funcionam como créditos de comercialização para determinados produtos financiáveis selecionados.
IV – Programa de Geração de Emprego e Renda (PROGER RURAL): é um programa pelo qual o produtor rural pode obter crédito fixo ou rotativo, tanto para o custeio quanto para investimento.
V – Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO): é um programa administrado pelo Banco Central e tem como propósito exonerar o beneficiário do cumprimento de obrigações financeiras de credito rural de custeio, em casos de perdas das receitas da produção.
Quais estão corretos, considerando o enunciado?
a) Apenas o II, o IV e o V.
b) Apenas o I, o II, o III e o IV.
c) Apenas o I, o III, o IV e o V.
d) Apenas o II, o III, o IV e o V.
e) O I, o II, o III, o IV e o V.

48. A taxa de câmbio que serve como referência para os negócios realizados em dólar e que é apurada pelo Banco Central do Brasil ao final de cada dia chama-se
a) Taxa de Câmbio Interbancário Pronta (Dólar Pronto).
b) Taxa PTAX do Dólar.
c) Taxa de Câmbio Interbancário Flutuante.
d) Taxa de Câmbio de Mercado de Cabo (Dólar Cabo).
e) Taxa de Câmbio para repasse.

49. As formas de liquidação das exportações que implicam o efetivo pagamento da exportação e a conseqüente transferência dos recursos pelo país importador à conta do banco nacional incluem
a) remessa sem saque, cobrança a prazo e adiantamento sobre contratos de câmbio.
b) remessa antecipada, carta de crédito e remessa sem saque.
c) cobrança à vista, adiantamento sobre cambiais entregues e carta de crédito.
d) export notes, cobrança a prazo e cobrança a vista.
d) desconto de Warrant, remessa antecipada e export notes.

50. No mercado de opções de ações,
a) o titular da opção de compra é obrigatório a exercer a compra até o vencimento.
b) o titular de uma opção de compra tem o direito de comprar certa quantidade de ações, a um preço de exercício fixado, até determinada data.
c) o lançador de uma opção de compra é obrigado a exercer compra até o vencimento.
d) o lançador de uma opção de compra tem o direito de comprar certa quantidade de ações, a um preço de exercício fixado, até determinada data.
e) o prêmio da opção é pago pelo lançador ao titular.

51. Considere as seguintes afirmações referentes aos mercados de derivativos.
I – O preço do derivativo tem por base os preços do mercado à vista.
II – Base (ou bases) é a diferença entre o preço futuro de uma mercadoria para um determinado vencimento e o preço à vista dessa mercadoria.
III – Hedge é uma operação que possibilita a transferência do risco.
IV – Swap é a margem de garantia das operações de futuro.
V – O preço futuro e o preço à vista tendem a convergir na mesma direção.

52. Considere as seguintes afirmações, relacionados à política fiscal.
I – Política fiscal compreende a atuação do governo quanto à arrecadação de impostos e aos gastos.
II – Função estabilizadora diz respeito à atuação do governo para tentar garantir o máximo de emprego e crescimento, com estabilidade de preços.
III – Função alocativa refere-se à atuação do governo quanto à alocação de recursos na economia, na presença de falhas do mercado.
IV – Função distributiva relaciona-se à atuação do governo com o propósito de transferir renda de dada classe ou região para outras classes ou regiões.
V – Bem público são os bens, como a segurança nacional, que devem ser supridos pelo setor público, sendo seus custos repartidos entre a sociedade.
Quais estão corretas?
a) Apenas a I, a II e a III.
b) Apenas a I, a III e a IV.
c) Apenas a II, a IV e a V.
d) Apenas a I, a II, a III e a IV.
e) A I, a II, a III, a IV e a V.

53. Dentre as afirmativas abaixo, qual NÃO corresponde à política monetária ou à moeda?
a) A demanda de moeda é diretamente relacionada à taxa de juros.
b) A demanda de moeda é inversamente relacionada à taxa de juros.
c) A moeda tem como principais funções ser unidade de conta, meio de troca e reserva de valor.
d) O papel-moeda em poder o público mais os depósitos a vista são os ativos com liquidez absoluta.
e) O Banco Central do país é o responsável pela oferta de moeda.

54. A valorização do real frente ao dólar, isto é, menor cotação em R$/US$, pode advir de
a) aumento de investimento brasileiro no exterior.
b) aumento do déficit de transações correntes do Brasil.
c) aumento de investimento estrangeiro no país.
d) diminuição da taxa de juros do país em relação à taxa de juros internacional.
e) redução da competitividade da produção do país em relação à competitividade da produção dos demais países.

55. Considere as seguintes operações
I – Aumento de investimento estrangeiro no país.
II – Diminuição de investimento estrangeiro no país.
III – Aumento de empréstimos externos de residentes no país.
IV – Diminuição das reservas internacionais do país.
V – Aumento das reservas internacionais do país.
Quais são necessárias para dar cobertura a déficit da balança de transações correntes de um país?
a) Apenas a II e a IV.
b) Apenas a III e a V.
c) Apenas a I, a III e a IV.
d) Apenas a I, a III e a V.
e) Apenas a II, a III e a V.

56. A cobrança bancária tem sido apontada como o mais importante serviço oferecido pelos bancos comerciais, em decorrência de oferecer como vantagem:
I – inexistência de risco de crédito.
II – consolidação do relacionamento com o cliente.
III – antecipação dos recursos ao cliente.
IV – direito de regresso em caso de não pagamento no vencimento.
V – crédito imediato dos títulos cobrados.
Quais estão corretas?
a) Apenas a I, a II e a V.
b) Apenas a II, a III e a IV.
c) Apenas a III, a IV e a V.
d) Apenas a I, a II, a III e a IV.
e) Apenas a I, a II, a III e a V.

58. O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) oferece
a) rentabilidade conforme a modalidade de investimento adotada.
b) garantia mínima de rentabilidade a seus participantes.
c) isenção de Imposto de Renda no resgate do fundo.
d) benefício para o final do período de contratação definido previamente.
e) isenção de taxa de administração.

59. Das operações citadas a seguir, qual NÃO pode ser classificada como uma operação do mercado de derivativos?
a) Compra de contratos futuros de taxa média de depósitos interfinanceiros.
b) Compra de opções de compra sobre futuro de taxa de Câmbio.
c) Compra de contratos futuros de índice Bovespa.
d) Compra de ouro para liquidação à vista.
e) Compra de contratos futuros de dólar.

60. Entre os direitos e proventos de uma ação a seus acionistas, encontra-se a bonificação, que significa:
a) o montante dos juros sobre o capital próprio pago ao acionista.
b) o direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital, com preço e prazo determinados.
c) a condensação do capital em um menor número de ações.
d) a diluição do capital em maior número de ações (split).
e) a distribuição gratuita de novas ações aos acionistas em função de aumento de capital por incorporação de reservas.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Prova Banrisul 2001

Olá Pessoal!!!!

A pedido de um colega estou postando a prova do Banrisul que foi aplicada em 2010. Não se baseiem muito que esta prova refletia uma outra época na história do banco, mas todo assunto é váilido.

Vou deixar sem gabarito por uns dias, depois posto o gabarito

Abraços e bom estudo!!!!!

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Prova Banrisul 2001
61. Das estruturas abaixo, uma representa, em parte, a com posição do Sistema Financeiro Nacional. Assinale-a.
(A) Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil, Banco do Brasil S/A e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico.
(B) Banco Brasileiro de Desenvolvimento, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil S/A.
(C) Banco Central do Brasil, Banco do Brasil S/A, Caixa Econômica Federal e Caixas Estaduais.
(D) Ministério da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento e Banco Central do Brasil.
(E) Ministério da Fazenda, Receita Federal, Banco Central do Brasil e Banco do Brasil S/A.

62. Qual das alternativas abaixo corresponde às atribuições do Conselho Monetário Nacional?
(A) Efetuar o controle dos capitais estrangeiros.
(B) Emitir moeda papel e moeda metálica.
(C) Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.
(D) Efetuar, como instrumento da política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais.
(E) Decretar recesso das bolsas de valores.

63. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é integrado por
(A) oito conselheiros, sendo um o Ministro da Fazenda.
(B) oito conselheiros, sendo um o representante do Ministério da Fazenda.
(C) dez conselheiros, sendo um o representante do Conselho Monetário Nacional.
(D) cinco conselheiros, todos representantes de Entidades de Classe.
(E) dez conselheiros, todos Procuradores da Fazenda Nacional.

64. Uma das atribuições do Banco Central do Brasil é
(A) disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos Corretores de Fundos Públicos.
(B) emitir e distribuir os valores mobiliários no mercado.
(C) determinar os percentuais dos recolhimentos compulsórios.
(D) receber tributos e contas d'água e de energia elétrica.
(E) orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras.

65. Quais, dentre as instituições citadas abaixo, são consideradas instituições financeiras privadas?
(A) Sociedades de Investimento, Sociedades Corretoras e Sociedades Distribuidoras.
(B) Caixa Econômica Federal, Banco Central do Brasil e Banco de Boston S/A.
(C) Banco da Amazônia S/A, Banco Central do Brasil e Banco de Boston S/A.
(D) Banco do Brasil S/A, Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A e Banco Central do Brasil.
(E) Sociedades de Crédito e Investimentos, Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional.

66. Considera-se como caderneta de poupança programada aquela em que o depositante se compromete a efetuar
(A) saques programados a cada 30 dias e de valores ajustados anteriormente.
(B) saques somente sobre os rendimentos e de 30 em 30 dias.
(C) depósitos somente de valores superiores a R$ 100,00.
(D) depósitos de quantias fixas e determinadas por prazos que variam entre 12, 18 e 24 meses.
(E) depósitos e saques programados antecipadamente, de quantias fixas, nunca abaixo de R$ 100,00.

67. O financiamento rural tem como um dos seus objetivos incrementar a produção agrícola, avícola e pastoril. Esses financiamentos são realizados por meio de documentos de crédito específicos, excetuando-se um dentre os abaixo. Assinale-o.
(A) Nota de Crédito Rural.
(B) Célula Rural Pignoratícia.
(C) Célula Rural Hipotecária.
(D) Nota Promissória Rural.
(E) Letra de Câmbio.

68. (questão anulada)

69. A nomenclatura sacado, em letras de câmbio, refere-se
(A) ao avalista do devedor.
(B) ao vendedor da mercadoria.
(C) a quem deve aceitar o título.
(D) ao banco que efetua o desconto.
(E) ao emitente do título.

70. O título de crédito que se identifica como uma ordem de pagamento denomina-se
(A) nota promissória.
(B) letra de câmbio.
(C) debênture.
(D) parte beneficiária.
(E) duplicata.

71. Considere as características abaixo do cheque sem a cláusula à ordem:
I - não indica o beneficiário;
II - não pode ser endossado;
III - não pode ser sacado no caixa diretamente.

Quais estão corretas?
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Apenas III
(O) Apenas I e II
(E) I, II e III

72. A emissão de duplicatas é vedada às
(A) sociedades anônimas.
(B) empresas individuais.
(C) empresas imobiliárias.
(D) fundações.
(E) pessoas físicas.

73. Entende-se por cheque administrativo os emitidos
(A) pelas sociedades civis.
(B) pelos banqueiros, contra eles mesmos.
(C) pelos gerentes administrativos das S/A, contra qualquer banco.
(D) pelos gerentes administrativos das S/ A, contra o banco em que possuam conta.
(E). pelo correntista do banco, de forma avulsa.

74. A prescrição da ação cambiária de um cheque ao portador tem prazo para apresentação em
(A) um mês.
(B) dois meses.
(C) três meses.
(D) seis meses.
(E) doze meses.

75. Dentre as afirmativas abaixo, qual é inerente ao cheque cruzado?
(A) O cheque deve ser obrigatoriamente depositado.
(B) O cheque pode ser descontado um dia após a data de emissão.
(C) O cheque deve ser sempre nominal.
(D) O cheque deve ter sempre a assinatura do titular no verso.
(E) O cheque não pode ser descontado sem a expressa anuência do emitente.

76. As operações de empréstimo feitas pelos bancos normalmente exigem garantias.
Considere as abaixo citadas.
I - Hipoteca, penhor e aval.
II - Aval e fiança.
III - Alienação fiduciária e hipoteca.

Quais representam garantias sobre empréstimos bancários?
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Apenas I e II
(D) Apenas II e III
(E) I, II e III

77. Estão protegidos por tutela os
(A) menores de 21 anos em geral.
(B) maiores de 18 e menores de 21 anos em geral.
(C) silvícolas, enquanto não adaptados à civilização.
(D) estrangeiros, independente de idade.
(E) toxicômanos, os ausentes do país e os nascituros.

78. A sociedade em que a responsabilidade de seus componentes se restringe ao total do capital social é a
(A) individual.
(B) anônima.
(C) em nome coletivo.
(D) por cotas de responsabilidade limitada.
(E) em cota de participação.

79. A responsabilidade financeira de cada acionista, nas sociedades anônimas, restringe-se ao
(A) número de ações que o acionista subscreveu.
(B) patrimônio particular do acionista conforme seu regime de casamento.
(C) total do capital não integralizado.
(D) total do capital da sociedade.
(E) total dos compromissos assumidos com terceiros.

80. Considera-se o domicílio de uma pessoa natural o lugar onde ela
(A) recebe sua correspondência.
(B) pratica seus esportes.
(C) tem sua casa própria.
(D) trabalha.
(E) estabelece sua residência com ânimo de permanecer.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Resumo do Trabalho: Marketing e Performance no Setor Bancário Brasileiro

Olá colegas!!!

O Trabalho MPSBB é um dos ítens do edital sobre Marketing Bancário, fiz um resumo do trablaho procurando extrair o conteúdo de forma mais direta e com uma linguagem mais simples. A leitura deste resumo não substitui a leitura do trabalho, mas pode auxiliar na compreensão do mesmo:

Segue o resumo:

“investimentos em marketing aumentam a rentabilidade da empresa quando estão em sintonia com os objetivos do negócio”

“O objetivo do negócio é aumentar seu valor e a sua rentabilidade”.

Resultado da Pesquisa: existe correlação negativa entre investimento em marketing e os índices de rentabilidade no Setor Bancário brasileiro,

Foram analisados estudos em estratégia, marketing e performance dos investimentos em marketing

Os tipos de estratégia em marketing que as instituições utilizam para buscar diferencial de mercado:
- Marketing Social,
- Marketing Cultural,
- Marketing de Relacionamento,
- Estratégias embasadas no composto de marketing – 4P – Preço, Praça, Promoção e Produto

Investimentos em marketing podem gerar melhor imagem da marca quando os bancos investem em vínculos emocionais, causas sociais, culturais, e esportivas

Outro tipo de investimento em marketing é o focado na promoção de produtos e serviços; na expansão de territórios, ou segmentos de mercado; na demonstração de segurança gerada pela estrutura do negócio; e na maior penetração de seus mercados.

Há duas alternativas que as instituições utilizam:

- marketing de relacionamento - desenvolvimento de posicionamento de marca direcionado para um público específico com comunicação diferenciada

O marketing de relacionamento tem o foco na segmentação e potencialização dos melhores clientes com menores gastos promocionais e incremento na rentabilidade de cada venda, promovendo relacionamento de longo prazo com os clientes mais rentáveis da empresa.

- Posição de Destaque (liderança) - através de intensiva comunicação de massa
Marketing Institucional ou Marketing Societal - um misto de investimento em imagem da marca e relacionamento com clientes e outros stakeholders. O objetivo geralmente é a criação de valores éticos, atitude positiva da sociedade e dos clientes, e consciência da força da marca que atinja toda sociedade, ou grande parte dela.

Alterações que tornaram o setor bancário mais competitivo.

O investimento em expansão dos serviços, aumento de escala, e estratégias de marketing são aparentes nessa nova realidade marcada pela:
- perda dos ganhos inflacionários,
- entrada de fortes concorrentes estrangeiros
- fusões de concorrentes nacionais,
- mudanças nas regras legais do setor.

Problemas de marketing: investimento errado em clientes não lucrativos: utilização de modelos, para medir a rentabilidade dos clientes em função do dinheiro gasto para atraí-los e mantê-los, no processo decisório do marketing. - na prática encontrar o equilíbrio ótimo entre os investimentos em aquisição e retenção pode ser mais importante do que definir o total ótimo a investir.

Diante da relevância das pesquisas sobre estratégia de marketing com o intuito de criar vantagem competitiva no setor, esse trabalho pretende buscar evidências de ganhos em performance para empresas que investem em marketing. O objetivo principal é relacionar o investimento em marketing com os índices de rentabilidade dos bancos brasileiros, identificando se existe relação entre investimento em marketing e a melhora dos índices de renatabilidade dos bancos brasileiros pertencentes a amostra pesquisada.

Diferenças distintivas dos serviços de seguros, que se assemelham ao setor bancário, segundo a visão deste autor, são:

1. Pericibilidade. Muitos produtos bancários são “oportunistas” e desta forma necessitam de estratégias de composto de marketing (distribuição, preço, promoção e produto) eficientes e alinhadas as oportunidades de mercado

2. Inseparabilidade. Existem pacotes de serviços e custos que não são separáveis. Os serviços são processos de serviços e as estruturas de atendimento, agências em conjunto. Isto faz com que muitas vezes a distribuição dos serviços bancários sejam prejudicadas.

3. Heterogenidade. Os produtos bancários são muito heterogênios basicamente pela
necessidade cada vez mais diferenciada dos clientes e as novas necessidades de clientes que antes não eram usuários dos bancos.

4. Flutuação da demanda e a condição econômica do país. Os serviços e produtos bancários, principalmente aqueles difercionados para as classes B e C, são dependentes da condição de renda da população. Em condições negativas da economia, as pessoas arrumam meios alternativos de movimentação do dinheiro ganho.

5. O impacto da Legislação Governamental. Este é um setor muito regulado. A regualamentação antes não era tão limitadora como agora. Quando os ganhos inflacionários eram a maior fonte de resultados, não importava a proibição e o custo de controle exigido pelos órgãos reguladores. Com a competição mais acirrada, os bancos estão sentido mais o impacto da regulamentção governamental.

6. Tamanho e distribuição da renda nacional. Dependendo da estratégia de posicionamento de mercado do banco, market share, e os segmentos de clientes que busca, o tamanho da população, e ou a concentração da renda será mais importante para escolha de localização das agências e outros serviços e produtos.

7. Competição. Como será mais discutido, a competição neste setor é agressiva, onde os pequenos bancos já foram adquiridos por instituiçãoes maiores, ou definiram bem seus segmentos e estão se especilizando para atende-los. Os bancos nacionais enfrentam uma concorrência acirrada de instituições estrangeiras. A necessidade de busca por novos clientes, e a maior importância da própria operação do negócio em detrimento de outros ganhos fizeram os bancos buscarem a todo custo a diminuição de despesas, e o ganho de escala. O mesmo tempo precisam diferenciar seus produtos para segmentos mais exigentes. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (2003), houve uma concentração de capital no mercado, promovendo a criação de marcas com maiores participações de mercado, tanto de forma segmentada como no varejo como um todo. A concentração se deu em conjunto, ou provocada pela entrada no país de bandeiras estrangeiras. Os bancos estrangeiros entraram comprando marcas existentes, e os maiores bancos nacionais também cresceram através da aquisição de bancos estatais e pequenas bandeiras do setor.

No caso do setor bancário brasileiro, mais uma característica, que poderia até fazer parte do item sete (competição) é o impacto da globalização como a seguir.

8. Impacto da Globalização. A mudança na política macroeconômica do Brasil, reduzindo a inflação, fez desaparecer os ganhos inflacionários dos bancos e revelou as ineficiências operacionais do Setor Bancário. Brito, Batislella e Fama (2004) citam Troster, que destaca fatores que contribuíram para a transformação do setor bancário, além dos já citados, como os impactos das crises externas e as novas exigências regulatórias. O setor bancário enfrentou os eventos externos e internos dos anos 1990. Merece destaque à abertura do mercado, a busca da estabilidade, a desregulamentação de diversos setores e o programa de privatização, que culminaram numa onda de fusões. (BRITO, BASTITELA e FAMA 2004).

Estratégia; Marketing e Performance

Estratégia são decisões críticas que definem os objetivos e a posição da empresa

Posição de mercado - estratégia é obter performance melhor do que os concorrentes, gerando vantagem competitiva através da posição de mercado definina pela empresa – diferenciação, baixo custo, ou enfoque – e a melhor gestão dos capacidades estratégicas alinhadas a posição desejada.

Vantagem competitiva - pode existir quando seu produto é exclusivo, diferenciado ou quando você desenvolve custos relevantes de mudança, criando vínculos com esses clientes.

Orientação para o mercado - é mais relevante para a melhor performance empresarial do que o porte da empresa.

orientação para o mercado como: geração de inteligência, disseminação de inteligência e resposta mais rápida ao mercado.

Porte empresarial: número de funcionários, número de unidades produtivas e faturamento médio mensal.

Performance Empresarial: uma medida através da taxa de crescimento de vendas, lucratividade e desempenho geral.

Marketing como ferramenta estratégica: através da responsividade com os clientes, ou estratégias de imagem, relacionamento, serviços e produtos direcionados para segmentos de clientes específicos.

Marketing e suas estratégias podem ser definidas segundo a visão do “valor do cliente”, ou a construção de uma estratégia para aumentar o valor do cliente.

Valor do cliente como a conexão de fatores acionáveis. Num primeiro instante influenciam o valor da marca para o cliente, em seguida definem o valor do valor e com a continuidade da relação entre a marca e o cliente, estabelecem o valor de retenção da marca para com o cliente.

Esses fatores acionáveis juntos, coordenados, aumentam o valor do cliente. Esta é uma forma nova de entender a lucratividade das organizações. Como um dos itens diz respeito ao valor criado com a continuidade da relação entre clientes e empresa, a lucratividade de uma venda pode não vir até o terceiro mês desta relação, e assim não dando aos acionistas da empresa o resultado de curto prazo desejado. Porém, se retornarmos a visão de investimentos de capital, o valor presente líquido das estratégias de marketing, segundo “valor do cliente” tendem a ser maiores a longo prazo.

Definição de marketing - como sendo a necessidade de “entender e atender o mercado” e amplia a visão de conceito para o entender e atender definitivamente o cliente.

O ponto fundamental aos resultados das empresas está intimamente ligados nas diversas “engrenagens” da Gestão, principalmente Finanças e Marketing.

Marketing de relacionamento como: o processo contínuo de criação e compartilhamento de valores com os clientes que a empresa escolhe para atender”

A maior preocupação com o relacionamento leva a maior satisfação dos clientes, e, provavelmente, a maior fidelização. Mesmo que isso não garante vantagem competitiva para as empresas. Porém, quando essas empresas conseguem aumentar seus ganhos nos mesmos clientes, e ainda, atraem mais consumidores que possam ser desenvolvidos para clientes especiais, conseguem criar vantagem competitiva.

Indústria de seguros: as seguradoras devem desenvolver suas estratégias de marketing do ponto de vista de dois tipos de estratégias.

O primeiro tipo são as estratégias de crescimento – expansão geográfica; penetração de mercado; estratégias para novos mercados e; estratégias de diminuição de custos.

Essas estratégias normalmente requerem da empresa as seguintes informações:
a. Qual é o tamanho da expansão desejada?
b. Quais produtos ou serviços poderiam ser desenvolvidos para o novo market share?
c. Que mudanças seriam necessárias nos canais de distribuição e vendas?
d. Quais seriam os controles necessários, as metas, as políticas?

O segundo tipo de estratégia são as competitivas - dizem respeito ao posicionamento de marketing das empresas – líder, seguidor, desafiante e estratégia de nicho.

a. Líder de mercado – é a empresa com maior participação de mercado. Ela lidera em termos de mudanças de preços, lançamentos de novos produtos, maior e melhor distribuição e uma comunicação forte e constante. As empresas a desafiam, imitam ou evitam.

b. Desafiante de mercado – é a empresa grande e ágil que está lutando muito para aumentar sua participação no mercado. São as batalhadoras de mercado

c. Seguidora de mercado – é a empresa também ágil, que está disposta a manter a sua participação de mercado. Partem da premissa que a estratégia de imitação de produto pode ser tão rentável quanto a inovação do produto.

d. Ocupante de nicho – são as empresas que atendem a pequenos segmentos de mercado, que não são atendidos pelas empresas maiores.
A estratégia de marketing passa por quatro estágios:



O Plano estratégico de marketing efetivo para estratégias de marketing na indústria de seguro passa pelo seguinte proceso para ser elaborado:
1. Análise do ambiente externo;
2. Análise do ambiente interno;
3. Avaliação das condições ambientais;
4. Formulação de alternativas de estratégia;
5. Avaliação das alternativas;
6. Seleção ou decisão da melhor alternativa;
7. Preparação do plano de marketing;
8. Implementação do plano;
9. Monitoramento e controle dos resultados do plano.

Os controles dos objetivos de marketing podem ser organizados como:

- aqueles que mensuram a lucratividade - trata dos canais de vendas, territórios trabalhados, produtos e segmentos de mercado

- os que mensuram o volume, rotatividade dos produtos e serviços - altera a ordem de importância anterior, colocando primeiramente os produtos, e seguindo com os mercados e territórios, segmentos de clientes, e canais.

As duas formas de mensuração não são excludentes e sim, complementares.

Outro modelo se baseia em quatro perspectivas:
- perspectiva financeira;
- perspectiva do cliente;
- perspectiva dos processos internos e;
- perspectiva de aprendizado e crescimento.

Segundo os autores, a perspectiva do cliente define a proposição de valor para os clientes-alvo. A grande contribuição desses autores é a preocupação com o mapeamento de como fazer a estratégia. Eles apontam o alinhamento entre as perspectivas como umas das principais causas de sucesso de estratégias.

Os objetivos nas quatro perspectivas são conectados uns com os outros por relação de causa e efeito. Os resultados financeiros são alcançados com a satisfação dos clientes-alvo.

Alguns indicadores para o acompanhamento, do ponto de vista da perspectiva do cliente, dos resultados de uma estratégia bem formulada e implantada
1. Satisfação dos clientes;
2. Retenção dos clientes;
3. Conquista de clientes;
4. Participação de mercado;
5. Participação dos clientes.

Quadro dos indicadores de rentabilidade



Quadro modelo de avaliação da performance de marketing



Informações distorcidas de custos de marketing geradas pela contabilidade - O tratamento de despesas de marketing como despesas gerais dificultam a alocação das mesmas a clientes e produtos. Eles defendem um sistema de custeio de marketing baseado em atividades. O sentido da melhor alocação dos custos para a avalição da performance das estratégias de marketing dos negócios.

O controle da inflação deu ao brasileiro, mais capacidade de avaliar tarifas bancárias.

A melhoria de qualidade proporcionada, em parte, pela abertura do mercado nacional, promoveu um novo padrão de qualidade nos serviços oferecidos pelas instituições financeiras.A entrada dos bancos estrangeiros também contribuiu para esse novo padrão do mercado, pois eles vieram com culturas empresariais desenvolvidas em mercados mais competitivos.

O valor do cliente, a identificação dos melhores clientes, e as estratégias para a empresa ir além da atração do cliente, conseguindo conquistá-los e mantê-los para incrementar as relações e mensurar o retorno financeiro dessas relações – base do conceito de estratégias de relacionamento com clientes – “[...] pode ser observado no agressivo mercado bancário de varejo, onde há intensa concorrência e os produtos e serviços são semelhantes”

Os instrumentos que permitam a avaliação individualizada e por segmentos de clientes demonstram ser um instrumento necessário aos bancos de varejo por “possibilitar ganhos de escala sem perder foco, em função da ampla e diversificada base de clientes que possuem”

Questão de estudo: Existe relação entre o investimento em marketing e a performance dos bancos que atuam no Brasil?

Nesse trabalho não foi possível gerar evidências a respeito de quais estratégias de marketing são mais eficazes no setor bancário, mas os bancos estão investindo no maior e melhor relacionamento com seus melhores clientes, tentando vender mais para eles e fidelizálos, buscam também a melhoria da sua imagem e posição competitivas mais rentáveis com o objetivo de mais market share,

O trabalho fica limitado nas suas conclusões, devido a falta de dados que identifique que tipo de investimento em marketing foi realizado nos bancos pesquisado, pela quantidade reduzida de bancos e por trabalhar um período pequeno de tempo. Estas limitações impossibilitam outros testes mais robustos para analisar os resultados estatísticos alcançados.

A reduzida amostra impede a inferência com um nível aceitável de significância para a população de bancos que atuam no Brasil.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Fundos de investimento 01

O que são Fundos de Investimento?

Fundos de Investimento são condomínios constituídos com o objetivo de promover a aplicação coletiva dos recursos de seus participantes. São regidos por um regulamento e têm na Assembléia Geral seu principal fórum de decisões.

Os Fundos de Investimento constituem-se num mecanismo organizado com a finalidade de captar e investir recursos no mercado financeiro, transformando-se numa forma coletiva de investimento, com vantagens, sobretudo, para o pequeno investidor individual. Tais Fundos de Investimentos, através da emissão de cotas, reúnem aplicações de vários indivíduos para investimento em carteiras de ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais.

Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob forma de condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros, autorizado pela legislação específica.

Ao Administrador do Fundo compete a realização de uma série de atividades gerenciais e operacionais relacionadas com os cotistas e seus investimentos, dentre as quais a gestão da carteira de títulos e valores mobiliários.

Esta gestão da carteira do Fundo pode ser realizada pelo próprio Administrador ou pode ser terceirizada, isto é, realizada por uma pessoa física ou jurídica, credenciada pela CVM e contratada especialmente para essa finalidade. Este é o Gestor da Carteira.

As informações relevantes de um Fundo de Investimento constam de seu Prospecto e de seu Regulamento, que devem, obrigatoriamente, ser entregues ao cotista por ocasião de seu ingresso no Fundo.

O funcionamento dos Fundos de Investimento depende de prévia autorização da CVM.

TIPOS DE FUNDO

Os Fundos de Investimento tratados neste trabalho são aqueles previstos na Instrução CVM nº409, de 18/08/2004, e classificam-se, conforme a composição de suas carteiras, em:
I – Fundo de Curto Prazo;
II – Fundo Referenciado;
III – Fundo de Renda Fixa;
IV – Fundo de Ações;
V – Fundo Cambial;
VI – Fundo de Dívida Externa; e
VII – Fundo Multimercado.

IMPORTANTE
Da denominação do Fundo deve constar a expressão “Fundo de Investimento”, acrescida da referência à classe do fundo.

VANTAGENS

Dentre os benefícios oferecidos pelos Fundos de Investimento, para o investidor, podem ser citados:

1) Acesso a modalidades de investimento que, pelo volume de recursos envolvidos, não estariam ao alcance dos investidores individuais, especialmente os de menor capacidade financeira, aumentando assim, a quantidade de alternativas de investimentos disponíveis.

A formação de uma carteira diversificada de ações e outros ativos requer um volume de recursos que, na maioria das vezes, é superior às disponibilidades do pequeno investidor.

2) Diluição, entre os participantes, dos custos de administração da carteira que, normalmente, não são acessíveis aos investidores individualmente. A participação de vários investidores em um Fundo permite que essas economias possam ser canalizadas coletivamente para o mercado de valores mobiliários, viabilizando, portanto, a participação do pequeno investidor neste segmento de investimentos.

3) Assegurar ao investidor a comodidade de ter os seus investimentos administrados profissionalmente, sem que ele tenha que dominar a utilização de sofisticado instrumental de análise e acessar diferentes fontes de informação, requeridas para a administração profissional de uma carteira de investimentos.

Os Fundos agem em nome de uma coletividade, substituindo grande número de investidores e oferecendo as vantagens decorrentes dessa concentração. Os Fundos oferecem a conveniência da aplicação em condições técnicas mais favoráveis do que as que seriam possíveis para cada um de seus participantes, caso operassem por conta própria nos mercados financeiros. O Fundo de Investimento, operando com os recursos de grande número de investidores, pode obter condições mais favoráveis do que se os investidores procurassem realizar seus investimentos isoladamente.

REGULAMENTO E PROSPECTO

O Regulamento é o documento onde estão estabelecidas as regras básicas de funcionamento do Fundo. Dentre essas regras, merecem destaque aquelas que se referem aos ativos que serão adquiridos e as estratégias de investimento adotadas, uma vez que estão diretamente relacionadas com o risco do investimento.

É importante saber que as alterações feitas no regulamento do Fundo de Investimento implicam modificações nas condições de funcionamento do Fundo. Portanto, o cotista deve analisar as modificações propostas de acordo com seus interesses como investidor.

As alterações do Regulamento devem ser aprovadas pela Assembléia Geral de Cotistas e comunicadas à CVM.

ATENÇÃO

Todo cotista, ao ingressar no Fundo, deve atestar, por meio de termo próprio, que recebeu o Regulamento e o Prospecto, que tomou ciência da política de investimento, da possibilidade de ocorrência de patrimônio negativo e de sua responsabilidade por aportes adicionais de recursos, quando for o caso.

O QUE DEVE CONSTAR NO REGULAMENTO
1. Qualificação do Administrador do Fundo;
2. Quando for o caso, referência a qualificação do Gestor da Carteira do Fundo;
3. Qualificação do custodiante;
4. Espécie do Fundo, se aberto* ou fechado**;
5. Prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
6. Política de investimento, de forma a caracterizara classe do Fundo***;
7. Em destaque, taxas de administração, de ingresso e de saída, e se houver, de performance;
8. Condições para o resgate de cotas, no caso de Fundos abertos, dispondo quanto ao prazo para a liquidação do resgate;
9. Distribuição de resultados;
10. Público-alvo;
11. Política de divulgação de informações a interessados, inclusive as relativas à composição de carteira;
12. Política relativa ao exercício de direito de voto do Fundo pelo administrador ou por seus representantes legalmente constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais o Fundo detenha participação; e
13. Tributação aplicável ao Fundo e aos cotistas.
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* Fundos abertos: são aqueles em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo.

** Fundos fechados: são aqueles em que as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do Fundo. Neste caso, as cotas poderão ser negociadas em mercado secundário.

*** Na definição da Política de Investimentos do Fundo devem ser prestadas informações sobre:
I – o percentual máximo de aplicação em títulos e valores mobiliários de emissão do administrador, gestor ou de empresa a eles ligada, que não pode ser superior a 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do Fundo, vedada a aquisição de ações de emissão do administrador;
II – o percentual máximo de aplicação em cotas de Fundos de Investimento administrados pelo Administrador, Gestor ou empresa a eles ligada;
III – o percentual máximo em aplicação em títulos e valores mobiliários de um mesmo emissor, observada, ainda, a regulamentação relativa à sua respectiva classe de fundo. Estão excluídas deste limite as aplicações em títulos públicos federais; e
IV – o propósito do Fundo de realizar operações em valor superior ao seu patrimônio, com a indicação de seus níveis de exposição em mercado de risco.

O que é Prospecto de Fundo?

O Prospecto é o documento que apresenta as informações relevantes para o investidor relativas à política de investimento do Fundo e dos riscos envolvidos, bem como dos principais direitos e responsabilidades dos cotistas e administradores.
OBS: A apresentação do Prospecto só não é obrigatória para o caso de Fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados.

Entende-se por investidores qualificados:
a) as instituições financeiras; ou
b) as companhias seguradoras; ou
c) as sociedades de capitalização; ou
d) as entidades abertas e fechadas de previdência complementar; ou
e) as pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); ou
f) os fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualifi cados; ou
g) os administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios; ou
h) regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou por Municípios; ou
i) outras situações previstas na regulamentação.

O PROSPECTO DEVE CONTER:
I – metas e objetivos de gestão do Fundo, bem como seu público-alvo;
II – política de investimentos e faixas de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e seleção dos mesmos;
III – relação dos prestadores de serviços do Fundo;
IV – especifi cação, de forma clara, das taxas e demais despesas do Fundo;
V – apresentação detalhada do Administrador e do Gestor, quando for o caso, com a informação sobre seu registro perante a CVM, seus departamentos técnicos e demais recursos e serviços utilizados para gerir o Fundo;
VI – condições de compra de cotas do Fundo, compreendendo limites mínimos e máximos de investimentos, bem como valores mínimos para a movimentação e permanência do Fundo;
VII – condições de resgates de cotas e, se for o caso, o prazo de carência;
VIII – política de distribuição de resultados, se houver, compreendendo os prazos e condições de pagamento;
IX – identificação de riscos assumidos pelo Fundo;
X – informação sobre a política de administração dos riscos assumidos pelo Fundo, inclusive no que diz respeito aos métodos utilizados para gerenciamento destes riscos;
XI – informação sobre a tributação aplicável ao Fundo e a seus cotistas, contemplando a política a ser adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;
XII – política relativa ao exercício de direito de voto do Fundo, pelo Administrador ou por seus representantes legalmente constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais o Fundo detenha participação;
XIII – política de divulgação de informações, inclusive as de composição de carteira, que deverá ser idêntica para todos que solicitarem;
XIV – quando houver, identificação da agência classificadora de risco do Fundo, bem como a classificação obtida;
XV – indicação sobre o local ou meio e a forma de obtenção dos resultados do Fundo em exercícios anteriores, tais como demonstrações contábeis, relatórios do Administrador do Fundo e demais documentos pertinentes que tenham sido divulgados ou elaborados por força de disposições regulamentares aplicáveis; e
XVI – o percentual máximo de cotas que pode ser detido por um único cotista.

Qualquer divulgação de informação sobre os resultados do Fundo pode ser feita, por qualquer meio, após um período de carência de 6 (seis) meses, a partir da data da primeira emissão de cotas.

Toda informação divulgada que inclua referência à rentabilidade do Fundo deverá:
I – mencionar a data de início de suas atividades;
II – informar a rentabilidade mensal e acumulada nos últimos 12 (doze) meses ou no período decorrido desde a sua constituição;
III – ser acompanhada do valor do patrimônio líquido médio mensal dos últimos 12 (doze) meses ou desde a sua constituição, se mais recente;
IV – divulgar o valor da taxa de administração e da taxa de performance, se houver, expressa no regulamento vigente nos últimos 12 (doze) meses ou desde a sua constituição, se mais recente; e
V – destacar o público-alvo do Fundo e as restrições quanto à captação, de forma a ressaltar eventual impossibilidade, permanente ou temporária, de acesso ao Fundo por parte de investidores em geral.

ATENÇÃO!

O Fundo que pretender realizar operações com derivativos que possam resultar em perdas patrimoniais ou, em especial, levar a ocorrência do patrimônio líquido negativo, deverá inserir, na capa de seu prospecto e em todo material de divulgação, de forma clara, legível e em destaque, uma das seguintes advertências, conforme o caso:

I – “ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS.”;
Ou
II – “ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQUENTE OBRIGAÇÃO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS ADICIONAIS PARA COBRIR O PREJUÍZO DO FUNDO.”

Mas o que vem a ser política de investimentos?

A política de investimentos está relacionada aos objetivos e à forma como o Administrador aplica os recursos disponíveis, o que implica diferentes graus de risco, dependendo dos ativos escolhidos e da forma como o Fundo opera. Lembre-se de que um maior retorno normalmente está associado a um maior grau de risco.

A autorização para funcionamento de um Fundo não implica, por parte da CVM, em garantia de veracidade das informações prestadas pelo Administrador ou julgamento sobre a qualidade do Fundo ou de seu Administrador.

ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO

O Administrador do Fundo é o responsável pelo Fundo e pelas informações, perante os cotistas e a CVM, devendo estar identifi cado no regulamento.

Dentre suas atribuições, destacam-se:
• Praticar todos os atos necessários à administração da carteira do Fundo, caso esta não seja terceirizada, bem como exercer todos os direitos inerentes aos ativos que a integrem, dentro dos limites legais e das regras estabelecidas pela CVM;
• Contratar obrigatoriamente um auditor independente, que deverá ser registrado na CVM, para auditar as demonstrações contábeis do Fundo;
• Contratar, se for o caso, outra pessoa física ou jurídica, devidamente credenciada pela CVM, para gerenciar a carteira do Fundo;
• Contratar terceiros legalmente habilitados para a prestação dos seguintes serviços relativos às atividades do Fundo: atividades de tesouraria e de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários, escrituração da emissão e resgate de cotas, custódia, consultoria de investimentos, distribuição de cotas e classificação de risco por agência especializada.

A mesma atenção dispensada ao Administrador do Fundo deve ser atribuída ao Gestor da Carteira caso esta função, pelo regulamento do Fundo, seja desempenhada por terceiros.

O que vem a ser o Gestor da Carteira?

É o responsável pela administração dos recursos aplicados em um Fundo de Investimento. Dentre suas atividades, destacam-se:
• Escolher os ativos que irão compor a carteira do Fundo, selecionando aqueles com melhor perspectiva de rentabilidade, dado um determinado nível de risco compatível com a política de investimento do Fundo; e
• Emitir as ordens de compra e venda com relação aos ativos quem compõem a carteira do Fundo, em nome do Fundo.

Serviço de Atendimento ao Cotista

O Administrador deve manter um serviço de atendimento ao cotista, que se encarregará de prestar esclarecimentos e responder às reclamações feitas. Esse serviço deve estar diretamente subordinado ao diretor responsável perante a CVM pela administração do Fundo, ou a outro diretor especificamente indicado à CVM para esta função, devendo ainda constar dos informativos enviados aos cotistas o endereço e o número do telefone desse serviço.

IMPORTANTE
É vedado ao Administrador prometer rendimentos predeterminados aos cotistas do Fundo.

Tanto o Administrador do Fundo como o Gestor da Carteira devem estar devidamente credenciados na CVM.

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Umas das principais obrigações do Administrador de um Fundo de Investimento é a divulgação de informações aos investidores, na periodicidade, prazo e teor definidos pela regulamentação da CVM. Esta divulgação deve ser feita de forma equânime entre todos os cotistas.

Entre as obrigações do Administrador, destacamos:
I – divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do Fundo aberto;
II – remeter mensalmente aos cotistas extrato de conta contendo:
a) nome do Fundo e o número de seu registro no CNPJ;
b) nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
c) nome do cotista;
d) saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
e) rentabilidade do Fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do mês de referência do extrato;
f) data de emissão do extrato da conta; e
g) o telefone, o correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço de atendimento ao cotista.
III – enviar à CVM informações relativas ao Fundo, que estarão disponíveis para consulta na página da CVM na internet e, quando for o caso, na página do próprio Administrador do Fundo, dentre as quais destacamos:
a) informe diário, no prazo de 2 (dois) dias úteis;
b) mensalmente, até 10 (dez) dias após o encerramento do mês a que se referirem:
- balancete;
- demonstrativo da composição e diversificação de carteira* ; e
- perfil mensal.
c) anualmente, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir do encerramento do exercício a que se referirem, as demonstrações contábeis acompanhadas do parecer do auditor independente;
d) imediatamente, através de correspondência a todos os cotistas e de comunicado através do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do Fundo ou aos ativos integrantes de sua carteira.

(*) Caso o Fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o demonstrativo da composição da carteira poderá omitir a identificação e quantidade das mesmas, registrando somente o valor e sua percentagem sobre o total da carteira. As operações omitidas deverão ser colocadas à disposição dos cotistas no prazo máximo de:
(I) 30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos das classes “Curto Prazo” e “Referenciado”; e
(II) nos demais casos, 90 (noventa) dias após o encerramento do mês, podendo esse prazo ser prorrogado uma única vez, em caráter excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida à aprovação da CVM, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias).

ASSEMBLÉIA GERAL DE COTISTAS

A Assembléia Geral de Cotistas é a reunião realizada entre os cotistas do Fundo, objetivando tomar decisões importantes quanto à administração do patrimônio do Fundo, cabendo a ela, entre outras matérias, deliberar sobre:
• alteração na política de investimento do Fundo;
• prestação de contas do Administrador;
• alteração do Regulamento do Fundo;
• substituição do Administrador, do Gestor ou do Custodiante;
• transformação, fusão, incorporação, cisão ou eventual liquidação do Fundo; e
• aumento ou alteração da forma de cálculo das taxas de administração, de performance, de entrada e de saída.

A Assembléia Geral dos Cotistas é a instância máxima de decisão de um Fundo. Todos os cotistas devem ser convocados por carta para a Assembléia Geral.

Essa carta de especificar:
• os assuntos a serem deliberados; e
• o local, a data e a hora da assembléia.

O Administrador está obrigado a enviar essa carta com 10 (dez) dias de antecedência, no mínimo, da data da realização da Assembléia. O resumo das decisões da Assembléia Geral deve ser enviado a cada cotista no prazo de até 30 (trinta) dias após a data de sua realização, podendo ser utilizado para esse fim o extrato de conta mensal.

TAXAS

A taxa de administração é um encargo cobrado pelo Administrador do Fundo como remuneração pela prestação dos serviços de administração do Fundo e gestão da sua carteira, podendo haver remuneração baseada no resultado do Fundo (taxa de performance) bem como taxas de ingresso e de saída. O regulamento poderá estabelecer a cobrança da taxa de performance, exceto para Fundos classificados como de “Curto Prazo”, “Referenciados” e “Renda Fixa”.

A cobrança da taxa de performance deve atender aos seguintes critérios:
• Vinculação a um parâmetro de referência compatível com a política de investimento do Fundo e com os títulos que efetivamente a componham;
• Vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais inferiores a 100% do parâmetro de referência;
• Cobrança por período, no mínimo, semestral; e
• Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive a taxa de administração.

O Regulamento tem que fixar a taxa cobrada pelos serviços de administração do Fundo.

A taxa de administração não pode ser aumentada sem prévia aprovação da Assembléia Geral, mas o Administrador pode reduzir unilateralmente a taxa, comunicando o fato a CVM e aos cotistas e promovendo a devida alteração do Regulamento e do Prospecto.

ATENÇÃO
É vedada a cobrança de taxa de performance quando o valor da cota do Fundo for inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada, exceto para os Fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados, que poderão cobrá-las de acordo com o que dispuser o seu regulamento.

É permitida a cobrança de ajustes sobre a performance individual do cotista que aplicar recursos no Fundo posteriormente à data da última cobrança, exclusivamente nos casos em que o valor da cota adquirida for inferior ao valor da mesma na data da última cobrança de performance efetuada.

APLICAÇÃO E RESGATE

Sendo o Fundo um condomínio, cada um de seus participantes detém um certo número de cotas, determinado pela proporção do valor aplicado em relação ao patrimônio do Fundo.

O valor total dos recursos do Fundo varia a cada dia, dependendo da atualização do valor de seus ativos no mercado e da entrada e/ou saída de cotistas.

A condição de cotista é caracterizada pela inscrição no registro de cotistas.
(*) quando se tratar dos Fundos classificados como “Curto Prazo”, “Referenciado” e “Renda Fixa”, o valor da cota do dia poderá ser calculado a partir do patrimônio líquido do dia anterior, devidamente atualizado por um dia.
Na emissão de cotas do Fundo deve ser utilizado o valor da cota do dia ou do dia seguinte ao da efetiva disponibilidade, pelo administrador ou intermediário, dos recursos investidos, segundo o disposto no regulamento.

As cotas do Fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, devendo ser nominativas e escriturais. O valor da cota é resultante da divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de cotas do Fundo no encerramento do dia(*). Esse valor deve ser divulgado diariamente pelo Administrador.

O resgate de cotas de Fundo obedecerá às seguintes regras, dentre outras:
• O regulamento estabelecerá o prazo entre o pedido de resgate e a data de conversão de cotas, assim entendida como a data da apuração do valor da cota para efeito do pagamento do resgate;
• A conversão de cotas dar-se-á pelo valor da cota na data da conversão, exceto para Fundos classificados como de “Curto Prazo”, ”Referenciados” e “Renda Fixa”, que poderão utilizar a cota do dia anterior atualizada por um dia;
• O pagamento do resgate deverá ser efetuado em cheque, crédito em conta corrente ou ordem de pagamento, no prazo estabelecido no regulamento, que não poderá ser superior a 5 (cinco) dias úteis, contados da data da conversão de cotas, exceto para fundo destinado exclusivamente a investidores qualifi cados;
• O regulamento poderá estabelecer o prazo de carência para resgate, com ou sem rendimento.

ATENÇÃO
O Administrador poderá declarar o fechamento do Fundo para a realização do resgate e convocar imediatamente Assembléia Geral Extraordinária para deliberar sobre o assunto, em casos excepcionais de iliquidez inclusive aqueles:
- decorrentes de pedidos de resgate incompatíveis com a liquidez existente no Fundo.
- que impliquem alteração do tratamento tributário do Fundo ou do conjunto dos cotitas, em prejuízo destes últimos.

IMPORTANTE
Caso o prazo estabelecido no regulamento para pagamento do resgate seja ultrapassado, o Administrador do Fundo deverá pagar o resgate com um acréscimo de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) sobre o valor do resgate, por dia de atraso.

Marketing e Performance no Setor Bancário Brasileiro

Olá Pessoal!!!

Este trabalho é um estudo exploratório que visa identificar a relação existente entre os INVESTIMENTOS EM MARKETING DE ALGUNS DOS PRINCIPAIS BANCOS BRASILEIROS e o reflexo desses investimentos na lucratividade do setor.

O trabalho apresentou algumas limitações, porque a amostra não possuia dados objetivos que pudessem fazer uma relação entre o TIPO de investimento em marketing e associar com a variação da lucratividade

Para entender a relação:

DE UM LADO: - O INVESTIMENTO EM MARKETING

DO OUTRO: - ROE (Rentabilidade sobre o patrimônio)
- ROA (Rentabilidade do ativo - bruta)
- Margem líquida
- Margem operacional

O trabalho analisou o investimento em marketing dessas instituições e também os quatro índices relacionados acima. Tentou verificar se as instituições com maior resultado nos índices correspondiam com as de maior investimento em marketing.

A conclusão foi que a correlação é negativa, das instituições analisadas, as que possuiam maior investimento em marketing possuíam os piores índices.

O resultado, contudo, pode ser interpretado de várias maneiras, não sendo definitivo em afirmar que existe essa relação. A relação verdadeira pode estar no TIPO de investimento feito, ou seja, o composto ou segmento de marketing que a instituição utilizou.

Os Balanços analisados não apresentavam dados consistentes do verdadeiro investimento em marketing feito pelos bancos, o que também compromete a pesquisa.

Indico uma boa leitura do trabalho, o que você pode fazer clicando aqui

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Política Monetária

É o controle da oferta da moeda e das taxas de juros que garantam a liquidez ideal para cada momento econômico

Bacen – BC – é o executor da política monetária, e atua conforme deliberações do CMN

Conceito de moeda

É o instrumento básico para que se possa operar no mercado.

É o ativo financeiro com maior liquidez do mercado e o único com curso forçado

LIQUIDEZ – capacidade de um ativo converter-se rapidamente em poder de compra, isto é, transformar-se em mercadorias.

Algo que é aceito pela coletividade, para desempenhar as seguintes funções:
Meio ou instrumento de troca
Unidade de conta
Reserva de valor

Meio ou instrumento de troca

Com o advento da moeda as transações, que davam-se através da troca direta (escambo), ficaram facilitadas – a moeda tornou-se o ativo intermediário entre as mercadorias, para realizar as compras, para poder trocar, os indivíduos devem ter moeda. A moeda não é demandada por ela mesmo, mas pelos bens que ela pode adquirir.

É a chamada demanda por motivo transacional.

Teoria quantitativa da moeda – qualquer elevação da quantidade de moeda significa elevação nos preços

Unidade de conta
É a função de possibilitar a comparação de valor de diversas mercadorias

Serve como parâmetro contábil para expressar situações e evoluções na valorização de bens e serviços

Unidade para pagamentos diferidos no tempo e mensuração da remuneração de indisponibilidade

Reserva de valor

É a possibilidade que a moeda apresenta de permitir a reserva e acumulação para utilização posterior – o primeiro motivo que leva os indivíduos a demandar moeda para reserva de valor é a precaução. Há incertezas em relação ao futuro e eles guardam moeda para precaver-se do infortúnio.


Estágios da moeda

Escambo – é a troca direta de mercadorias, as trocas são diretas e a atividade produtiva não está voltada para o mercado. A desvantagem do escambo é a dificuldade de parâmetros de valor, havia muita desconfiança em relação às trocas e comumente os indivíduos sentiam-se prejudicados na transação. Além disso, para a troca tornar-se possível eram necessários desejos coincidentes, o indivíduo que deseja adquirir a minha mercadoria deve possuir a mercadoria que eu desejo.

Moeda mercadoria – Ex: sal, gado, conchas – utiliza-se uma única mercadoria como unidade de valor, o indivíduo troca seu produto pela moeda mercadoria para depois adquirir o produto desejado utillizando-se desta mesma moeda, permitiu a liberdade da coincidência de desejos. Depois optou-se pela utilização de metais como moeda mercadoria em função de seus detalhes físicos (homogeneidade, durabilidade, portabilidade, escasses).

Moeda simbólica – Como a utilização do metal como moeda de troca difundiu-se, começaram a aparecer alguns problemas quanto a sua utilização, como pesar e avaliar, então alguns soberanos passaram a cunhar em metais sua esfinge, o que garantia o seu valor. O sistema apresentou vários benefícios em relação ao anterior pois facilitou as trocas. Aos poucos os soberanos foram impondo o uso dessas moedas e as mesmas passaram a ser de uso legal. Isto facilitou a transição para a monetização de quase todas as relações econômicas.

Moeda escritural – com a disseminação do uso da moeda, desenvolveu-se, em função da segurança, a tendência de depositar a moeda em instituições especializadas, os bancos. Passou-se ao quarto estágio que é o da moeda escritural. Como cada depósito gerava um recibo que dava ao seu proprietário a garantia daquele valor, os recibos passaram a ser negociados como substituto da moeda física. Esses recibos deram origem aos avisos, que por sua vez deram origem aos cheques. Grande parte dos pagamentos e recebimentos passaram a ser realizados por débitos e créditos contábeis.

Moeda sofisticada – com os avanços tecnológicos, foi possível transformar a moeda em outros ativos e vice-versa, levando a sociedade ao quinto estágio da moeda. A moeda passou a ser um conjunto de registros eletrônicos que representam uma diversidade de ativos. Há uma tendência global em evitar saldos monetários ociosos e a moeda de cusro legal é rapidamente transformada em ativos remunerados e vice-versa. Para medir a quantidade de moeda em uma economia, utiliza-se o conceito de agregados econômicos ou meios de pagamento.

Agregados monetários

Ativos que, apesar de não serem considerados moeda no sentido estrito, apresentam alguma característica de moeda no sentido amplo – são chamados de quase-moeda, pois podem, sem grandes problemas, ser transformados em moeda. São ativos que apesar de não serem aceitos na troca por bens e serviços podem ser convertidos em moeda para realização das transações.

Ao classificar o total de moeda de um país utiliza-se o conceito de agregado monetário ou meio de pagamento

Agregados monetários no Brasil
Existem duas classificações de agregados monetários aceitas, uma considera que há cinco meios de pagamento, outra considera que são quatro os meios de pagamento. Este último é o mais utilizado

Agregados monetários no Brasil

M1 = Moeda em poder do público mais depósito à vista nos bancos comerciais – são os chamados meios de pagamento com liquidez imediata e não rendem juros. É formado pela moeda corrente ou manual e a moeda escritural.

M2 = M1 + caderneta de poupança + depósito a prazo

M3 = M2 + títulos públicos

M4 = M3 + títulos privados – estes últimos são os chamados quase-moeda e possuem a característica de render juros aos aplicadores

O bacen é responsável pela elaboração e divulgação dos agregados todos os meses.


Oferta monetária

A oferta de moeda é realizada tanto pelas autoridades monetárias, pela emissão de notas e moedas metálicas, quanto pelos bancos comerciais que, apesar de não poderem emitir, podem, no entanto, criar ou destruir moeda

Considera-se moeda, em sentido restrito, os meios de pagamento M1, que possuem liquidez imediata e não rendem juros

Oferta de moeda pelos bancos comerciais

Uma das características dos bancos comerciais é o fato de criarem moeda escritural, através do multiplicador monetário

Depósito à vista – direito que um depositante possui sobre certa quantia
Os bancos realizam empréstimos dos valores depositados em suas contas

Economia imaginária com um banco 3 pessoas. Toda a moeda desta economia restringe-se a 100,00 reais.
A possui 50,00
B possui 30,00
C possui 20,00

Os 3 depositam suas disponibilidades no banco que tem a soma de 100,00 em depósito
C adquire uma mercadoria de A por 80,00, como não possui todo o montante vai ao banco e faz um empréstimo de 60,00. O banco, que possui o montante de 100,00 depositados concede o empréstimo e C paga a A 80,00. A por sua vez deposita este valor no banco. Os depósitos ficam da seguinte forma:
A possui 130,00
B possui 30,00
C não possui depósito
O banco passa a ter 160,00 em depósitos

Por sua vez, B adquire uma mercadoria de C por 50,00, como não possui todo valor solicita ao banco um empréstimo de 20,00 que é concedido. B paga a C 50,00 que, por sua vez, deposita o valor no banco. Os depósitos ficam da seguinte forma:
A possui 130,00
B não possui depósito
C possui 50,00
Total depositado: 180,00

Este é o efeito multiplicador da moeda, os quais são uma prerrogativa dos bancos comerciais ou bancos múltiplos com carteira comercial.

Base monetária

Corresponde à moeda emitida mais as reservas bancárias = PMPP + depósitos à vista + reservas bancárias

É conhecido como passivo monetário do Banco Central e corresponde à todo papel-moeda emitido

O controle da base monetária é o principal meio de política monetária, este controle ocorre através de alguns instrumentos

Instrumentos de política monetária
Depósito compulsório
Operações de open-market
Redesconto
Juros
Controle e seleção do crédito

Depósito compulsório

Também conhecido como “reserva legal”

Tem a principal função de regular o multiplicador monetário, afetando diretamente a oferta de moeda

É fixado pelo CMN e executado pelo Bacen

O depósito compulsório não altera só a expansão da moeda com também o volume de moeda ofertado.

Ex: um único banco na economia, percentual de compulsório 20%
Depósito inicial: 100,00: o banco recolhe 20,00 de compulsório e empresta 80,00
Estes 80,00 são depositados: o banco recolhe 16,00 de compulsório e empresta 64,00
Estes 64,00 são depositados: o banco recolhe 12,80 de compulsório e empresta 51,20
Estes 51,20 são depositados: o banco recolhe 10,24 de compulsório e empresta 40,96
E assim sucessivamente...

Esta sequência constitui-se numa progressão geométrica decrescente de razão 0,8, que corresponde à fração livre dos depósitos bancários (1 - 0,2 = 0,8)
SPG = a1 / 1 – q
SPG – soma dos termos de uma PG
a1 – primeiro termo da PG
q – razão da PG

D = 100,00 / 1 – 0,8 = 500,00

O depósito inicial de 100,00 gerou um total de depósitos no banco de 500,00

A razão do compulsório é sempre situada entre 0 e 1.

Operações de open-market (Operações de mercado aberto)

Consiste nas operações de compra e venda de títulos públicos

É considerado o mais ágil instrumento de política monetária

Consiste no resgate (compra) e colocação (venda) de títulos públicos no mercado

Vamos supor que o Bacen compre obrigações governamentais possuídas pelo público.

Como pagamento desta compra, o Bacen entrega ao possuidor o valor devido pela obrigação. Este indivíduoe mais um agente na economia com condições de consumir e pode até, depositar este valor em um banco, o qual será multiplicado pelo efeito multiplicador que os bancos comerciais possuem.

O oposto se verifica na venda de títulos por parte do Bacen, o fluxo da moeda direciona-se ao Bacen, reduzindo o consumo e os depósitos à vista.

Redesconto

Também conhecido com empréstimo de liquidez

É o empréstimo que o Bacen fornece aos bancos para atender suas necessidades momentâneas de caixa

Realiza-se sempre na forma de operação compromissada

Existem várias situações em que os bancos necessitam de recursos, e o Bacen, que é o banco dos bancos, oferece esta linha de crédito, que é chamada de redesconto. Na medida em que o Bacen adoota uma política liberal de crédito, com juros (taxa de redesconto) baixos, os bancos comerciais tem uma fonte acessível de empréstimos e podem também adotar uma política liberal de crédito a seus clientes.

Caso o Bacen limite quantitativamente os redescontos ou eleve suas taxas os bancos comerciais são obrigados a reduzir seus empréstimos e elevar as taxas de juros.
Desta forma o crédito bancário se torna difícil e dispendioso.

Juros

É um dos mais utilizados instrumentos de política monetária

Afeta diretamente a oferta monetária, pois dependendo do seu comportamento os agentes econômicos tomarão decisões diversas em relação a seus recursos

Uma política de juros baixos fomenta o mercado de crédito e os consumidores tendem a consumir mais e utilizar mais o crédito bancário, o que provoca uma expansão na oferta de moeda. Outro fator diz respeito aos investimentos, a retração dos juros torna menos atrativas as aplicações financeiras, o que muitas vezes leva o consumidor a trazer este ativo para o M1 e demandar mais produtos, o que aumenta a oferta de moeda.

Na situação inversa o consumidor tem um comportamento menos consumista e as aplicações financeiras tornam-se mais atrativas, o que tira a moeda de circulação.

Controle e seleção do crédito

Também conhecido como seletividade de crédito

Atuam diretamente sobre o volume e preço do crédito
Destinação de recursos
Fixação de prazos
Fixação de limites

O mercado de crédito é regulado pelo Bacen, que de acordo com as diretrizes do CMN altera os aspectos creditícios de forma a expandir ou reduzir a oferta de crédito por mecanismos diversos da taxa de juros.

Política restritiva

É quando o governo quer diminuir a oferta de moeda

Aumento do compulsório
Colocação de títulos públicos
Restrição ao redesconto
Aumento dos juros
Restrição ao crédito

Política expansiva

É quando o governo quer aumentar a oferta de moeda

Redução do compulsório
Resgate de títulos públicos
Incentivo ao redesconto
Redução dos juros
Incentivo ao crédito

Política de Rendas

É a que o governo exerce, estabelecendo controles diretos sobre a remuneração dos fatores diretos de produção envolvidos na economia – são esses fatores: salários, depreciações, lucros, dividendos e preços de produtos intermediários e finais.

Os bens e serviços são divididos em

Tradeables
Bens transacionáveis com o exterior – cujos preços dependem mais das condições vigentes nos mercados internacionais ou de câmbio.

Non-tradeables
São os bens não transacionáveis com o exterior – cujos preços dependem mais das condições de oferta e demanda internas, tais como os serviços privados e as tarefas públicas.

Imposto inflacionário
A atuação sobre a inflação pode ser considerado uma política de rendas – a inflação age diretamente sobre a rendo porque interfere na renda remuneração real dos agentes econômicos. Na época em que tínhamos no Brasil uma inflação de 40% a.m., um salário de 200,00 chegava ao final do mês com um poder de compra de 120,00, e devia ser gasto rapidamente para não perder ainda mais seu poder de compra.

Política Cambial

É a administração da taxa de câmbio e o controle das operações cambiais – a política cambial deve ser cuidadosamente administrada, pois tem grande impacto sobre a política cambial. Um desempenho muito forte das exportações pode ter grande impacto monetário à medida que o ingresso de divisas significa conversão para reais e expansão da emissão de moeda, que tem grande efeito inflacionário. O país, para execução de uma boa política cambial, deverá permitir um elevado fluxo de moeda com o exterior nos dois sentidos.

Cupom cambial

É a remuneração efetiva dos dólares convertidos em reais e aplicados no mercado financeiro brasileiro – é obtido pela relação entre as taxas de juros remuneratórios dos reais aplicados em títulos públicos, por exemplo, e a desvalorização esperada do câmbio no mesmo período.

Com a adoção, em 15.01.99, do regime de livre flutuação do câmbio, diminuiu a importância do cupom cambial.

Câmbio Fixo

É o regime de câmbio onde o governo define a taxa de câmbio – a paridade entre a moeda nacional e as moedas estrangeiras é definido pelo governo de acordo com a execução de suas políticas, a taxa de câmbio é mais um componente das decisões do ente público em relação à economia nacional

Banda Cambial

É o regime de câmbio onde o governo define os limites máximo e mínimo da taxa de câmbio – os agentes econômicos podem negociar com moeda estrangeira dentro deste limite e a taxa de negociação flutua nesta banda de acordo com o mercado.

Câmbio Flutuante

É o regime de câmbio onde a taxa de câmbio é definida pelos mecanismos de oferta e procura, sendo que o governo não intervém diretamente na taxa – o governo é mais um agente econômico atuando no mercado, em situação de necessidade de intervenção na taxa ele age diretamente na oferta (vendendo moeda estrangeira) ou na demanda (comprando moeda estrangeira).

Sistema Nacional de Seguros Privados - SNSP

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)

É o órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é composto:
- pelo Ministro da Fazenda (Presidente),
- representante do Ministério da Justiça,
- representante do Ministério da Previdência Social,
- Superintendente da Superintendência de Seguros Privados,
- representante do Banco Central do Brasil e
- representante da Comissão de Valores Mobiliários.

Dentre as funções do CNSP estão:
- regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas;
- fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro;
- estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
- prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e
- disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP

É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; é responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização.

Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-Lei nº 73/66, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte:
- o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP,
- a SUSEP,
- o Instituto de Resseguros do Brasil - IRB,
- as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização,
- as entidades de previdência privada aberta e
- os corretores habilitados.

Dentre suas atribuições estão:
- fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
- atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
- zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
- promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vista à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
- promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operam;
- zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
- disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
- cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas;
- prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

As seguradoras obrigam-se a constituir reservas técnicas, isto é, fundos especiais formados para atender a certas e determinadas operações. Porém, essas reservas interessam fundamentalmente, à administração das seguradoras. Sua aplicação bem administrada, resulta em fonte subsidiária de lucros.

Cumprindo decisão do Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do Brasil publicou outras normas sobre aplicação de reservas técnicas (Circular nº 398/78), em substituição às que estavam em vigor. As reservas técnicas das sociedades seguradoras são constituídas conforme critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, respeitadas as disposições emanadas do Conselho Monetário Nacional, e são aplicadas de modo a lhes preservar segurança, rentabilidade e liquidez.

IRB-Brasil Resseguros

Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) – Empresa resseguradora, constituída como sociedade de economia mista com controle acionário da União, vinculada ao Ministério da Fazenda.

Sociedades seguradoras

Sociedades seguradoras - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.

Sociedades de capitalização

Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.

Entidades abertas de previdência complementar

Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).


Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC

O Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular, normatizar e coordenar as atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão).

Também cabe ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar.

Secretaria de Previdência Complementar - SPC

A Secretaria de Previdência Complementar é um Órgão Executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável pelo controle e fiscalização dos planos e benefícios e das atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). A SPC se relaciona com os órgãos normativos do sistema financeiro na observação das exigências legais de aplicação das reservas técnicas, fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdição são obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

À SPC compete:
- propor as diretrizes básicas para o Sistema de Previdência Complementar;
- processar os pedidos de autorização para constituição, funcionamento, fusão, incorporação, grupamento, transferência de controle e reforma dos estatutos das entidades, fechadas, opinar sobre os mesmos e encaminhá-los ao Ministério da Previdência e Assistência Social;
- examinar e aprovar os estatutos das referidas entidades, os regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações;
- baixar instruções e expedir circulares para implemenração das normas estabelecidas;
- harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência privada com as políticas de desenvolvimento social e econômico-financeira do Governo;
- fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade atuária e estatística fixadas pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC), bem como da politica de investimentos traçada pelo Conselho Monetário Nacional;
- fiscalizar as atividades das entidades fechadas, inclusive quanto ao exato cumprimento da legislação e normas em vigor, e aplicar as penalidades cabíveis;
- examinar e aprovar os convênios de adesão celebrados por patrocinadores e por instituidores, bem como autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração especial em planos de benefícios operados pelas entidades fechadas de previdência complementar, bem como propor ao Ministro a decretação de intervenção ou liquidação das referidas entidades.
- proceder à liquidação das entidades fechadas que tiverem cassada a autorização de funcionamento ou das que deixarem de ter condições para funcionar; e
- prover os serviços da Secretaria do CGPC, sobre o controle deste.

Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão)

As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.

As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios.

Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Marketing de relacionamento e as instituições 03

06. Recompensas ao cliente

Deve se ter o cuidado de não começar um programa de gerenciamento pelo fim, ou seja, pela implementação dos chamados “programas de fidelidade”.

Estudos dizem que é muito mais barato manter o atual cliente do que conquistar novos clientes, isto significa que o retorno do atual cliente é maior do que do cliente novo. Isto não significa abdicar da conquista de novos clientes, mas o trabalho de conquista se esvai na medida em que os atuais clientes são perdidos. Segundo Clancy e Schulman a conquista de um novo cliente chega a ser cinco vezes mais cara do que a manutenção de um atual.

Os programas de fidelidade estão incluídos nos benefícios financeiros e são ferramentas eficazes na fidelização de clientes.

Os benefícios sociais dizem respeito ao relacionamento pessoal existente entre uma empresa e seus clientes.

Os laços estruturais envolvem equipamentos e sistemas que podem ser utilizados pelos
clientes.

A segmentação permite a realização de oferta de benefícios específicos aos clientes.
Um programa de fidelidade, entretanto, pode estipular condições para o cliente participar, mas não deveria sugerir que a fidelidade anterior seja mais importante que a atual.

07. O feedback

É a forma de verificar o nível de satisfação dos clientes.
A obtenção de feedback é muito importante para as instituições bancárias, por, pelo menos, dois motivos:

1. Os clientes estão em constante mudança o que os satisfaz hoje pode não fuincionar amanhã

2. O assédio por parte de outras instituições bancárias é, hoje, muito grande e se não conquista o cliente o torna mais exigente

Os estudos qualitativos tem contribuido muito com o mercado bancário, mas não substituem o estudo quantitativo, que possui maior poder de representatividade. O estudo qualitativo, apesar de apresentar melhores definições de causa e efeito possuem baixa representatividade dda amostra.

Seja qual for o meio é muito importante buscar o feedback do cliente, que além de
trazer resultados relacionados a satisfação, apresentam ainda aspectos relacionados ao desempenho dos funcionários, equipamentos, instalações, sistemas e meios de comunicação.

08. O que há de novo

08.1. O consumidor de baixa renda

As instituições financeiras sempre foram focadas no público de mais alta renda, desprezando o público de baixa renda. Porém o varejo descobriu no público de baixa renda um potencial de consumo não explorado, sendo que hoje já estão sendo criadas empresas específicas para este público.

08.2. A telefonia móvel e os blogs

São novos recursos tecnológicos que tem a propriedade de alcançar um grande público e ser uma ferramenta para estreitar as relações com todos os clientes.

Em nosso país estamos quase atingindo a marca de um aparelho celular por habitante, sendo um ítem tecnológico de custo relativamente baixo, é uma ferramente para alcançar quase todos os clientes e formar novos processos de relacionamento.

Os blogs e sites de relacionamento estão se constituindo na mais recente novidade para as instituições focadas em relacionamento. Funcionam como um poderoso “e-boca-a-boca”, uma vez que influenciam os consumidores atuais e futuros.

08.3. O mercado jovem

O envelhecimento da população, com maior expectativa de vida e menor natalidade está transformando o mercado de massa em não tão de massa assim. A busca pela população economicamente ativa (25 a 55 anos) será maior, contando, entretanto, com menos pessoas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SFN - estrutura e funções 03

d) Agentes Especiais: são instituições que complementam funções do subsistema normativo e operam em nome do Tesouro Nacional:

Banco do Brasil S.A. - BB;

Até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de Compensação.

Em 2001, o Banco do Brasil adotou a configuração de Banco Múltiplo, trazendo vantagens como redução dos custos, racionalização de processos e otimização da gestão financeira e fisco-tributária.

De acordo com os seus Estatutos Sociais é o seguinte o seu Objeto social:
Artigo 2º - O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas e acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer atividades facultadas às instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
§ 1.º O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e promover a circulação de bens produzidos.
§ 2.º Como instrumento de execução da política creditícia e financeira do Governo Federal, compete ao Banco exercer as funções que lhe são atribuídas em lei, especialmente aquelas previstas no Art. 19 da Lei n.º 4.595, de 31 de dezembro de 1964, observado o disposto nos arts. 5.º e 6.º deste Estatuto.

Caixa Econômica Federal.

A CAIXA é um instrumento governamental de financiamento social. Está presente na vida de milhões de brasileiros, sejam eles clientes do crédito imobiliário, do penhor, trabalhadores beneficiários do FGTS, PIS ou Seguro-Desemprego, aposentados, estudantes assistidos pelo crédito educativo, apostadores das loterias ou usuários dos serviços bancários. Por priorizar os setores de habitação, saneamento básico, infra-estrutura urbana e prestação de serviços, a CAIXA direciona os seus principais programas para a população de baixa renda.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES;

Contando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras funções.

CONSIDERAÇÕES

Os três primeiros integrantes, CMN, CVM e BACEN, fazem parte do subsistema normativo, que regula e controla o subsistema operativo. Essa regulamentação e controle são exercidos através de normas legais, expedidas pelas autoridades monetárias, ou pela oferta de crédito levada a efeito pelo BB e BNDES.

As demais instituições financeiras fazem parte do subsistema operativo, competindo no mercado financeiro.

Segundo foi definido pela Lei n° 4.595, as instituições financeiras, para efeito legal, são pessoas jurídicas, públicas ou privadas que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Para efeito desta Lei, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas de forma permanente ou eventual.
Daí a razão dos Agentes Autônomos de Investimento figurarem como instituições financeiras auxiliares.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Política fiscal

Atuação do governo em relação à arrecadação e gastos públicos.

Função alocativa

Ação do governo complementando a ação do mercado no que diz respeito à alocação de recursos na economia – alguns bens não são fornecidos pelo mercado, em função de sua complexidade, incapacidade de geração de lucro ou dificuldade estrutural. Outra questão que fundamenta a questão alocativa é a necessidade de acesso aos bens públicos por todas as camadas da sociedade, fugindo da prerrogativa do mercado que é de exclusão – no mercado o consumo de um bem está relacionado com a capacidade de consumo, que é a possibilidade do consumidor pagar por este bem.

Principais “falhas de mercado”
- externalidades
- economias de escala
- bens públicos

Externalidades

Correspondem ao fato de que a ação de determinados agentes pode ter impactos sobre o resultado almejado por outros agentes – existem tanto externalidades negativas como externalidades positivas.

Ex: um produtor de mel tem como vizinho um produtor de maçã, a florada de maçã põe à disposição do apiário uma quantidade de néctar que aumenta sua produtividade, já a polinização do pomar também aumenta sua produtividade. São externalidades positivas.

Outro exemplo diz respeito à poluição provocada por determinada indústria, é uma externalidade negativa em relação á comunidade que cerca a indústria. A correção desta externalidade seria tributar o causador da externalidade e recompensar os agentes afetados. A isso chama-se internalizar a externalidade.

A externalidade normalmente não consegue ser corrigida pelo sistema de preços

Economias de escala

O aumento da produção de um determinado bem por uma única empresa, leva a redução do custo médio por produto, ocasionando, no limite, o aparecimento dos chamados “monopólios naturais”

Os monopólios são considerados, do ponto de vista teórico, ineficientes por permitir aos seus proprietários extrair um “sobrelucro”, através da cobrança de um preço mais elevado pelo fato de ser o único ofertante.

O estado deve regular a atuação destes monopólios ou torná-los públicos

Bens públicos

Caracterizam-se pelo fato de seu consumo ser não excludente e não rival – o consumo de uma pessoa não impede o consumo de outra.

A mesma quantidade do bem está disponível independente de quantas pessoas o consomem. Nesta situação, os indivíduos não se mostram dispostos a revelar quanto estariam dispostos a pagar por estes bens

A oferta desses bens deve ser feita pelo setor público e seus custos repartidos entre a sociedade – estes bens compõe o produto nacional, mas por não haver um preço de mercado, estes são avaliados por seu custo de produção. Isto faz que a participação pública no produto seja medida pelos seus gastos.

Função distributiva

Corresponde à função do governo em arrecadar impostos (reduzir a renda) de determinadas classes sociais ou regiões para transferi-los a outras – é a forma que o ente público possui para redistribuir a renda nacional. O governo arrecada mais em regiões ou setores mais avançados e aplica estes recursos nos setores ou regiões mais carentes.

Forma direta

É a chamada transferência de renda ou transferência corrente

Previdência social (inss)
Pagamento de juros (juros da dívida interna e ou externa)
Assistência (seguro-desemprego, bolsa-família)


Forma indireta

Redirecionamento na oferta dos bens públicos

Saneamento
Saúde
Educação

Função Estabilizadora

É a intervenção do estado na economia para alterar o comportamento dos níveis de preço e emprego – diz respeito à atuação pública no comportamento da economia e dá-se principalmente através dos seguintes mecanismos

Gastos públicos – subsídios, incentivos
Tributos
Infra-estrutura


Gastos Públicos

Os gastos do governo podem ser classificados numa primeira aproximação em:
- Despesas correntes
- Despesas de capital

Despesas correntes

São as despesas de custeio e as transferências correntes

Funcionários – folha de pagamento do governo: civis e militares
Materiais – material de consumo
Serviços de terceiros – pagamentos de serviços prestados pela iniciativa privada

Previdência – inativos, pensionistas, ...
Assistência – política assistencialista: (seguro-desemprego, bolsa-família)
Juros – juros pagos pelas dívidas interna e externa

Despesas de capital

Investimentos – obras públicas, equipamentos e instalações, material permanente
Inversões financeiras – aquisições de imóveis, constituições de fundos rotativos
Transferência de capital – amortizações da dívida pública, auxílio para obras de interesse público, ...

Arrecadação pública

Como vimos pode dar-se por dois tipos principais de impostos

Impostos diretos – incidem sobre a renda

Impostos indiretos – incidem sobre o consumo

A principal variável para determinar o volume de arrecadação é o nível de renda/produto da economia – conforme aumenta a renda dos indivíduos e a riqueza da sociedade, aumenta a arrecadação de impostos diretos. Conforme aumenta o produto e a circulação de mercadorias e aumenta o imposto indireto.

A estruturação de um sistema tributário envolve diversos aspectos

Financiar os gastos públicos – a arrecadação é, para o ente público, o que o faturamento é para as empresas, porém o resultado esperado não é o mesmo. Enquanto a empresa visa o lucro o ente público visa a distribuição social e o desenvolvimento econômico do país.

Afetar a distribuição de renda – é a definição de quem deve pagar mais imposto

Eficiência econômica e estímulo ao desenvolvimento – O sistema tributário deve criar o mínimo de distorções possíveis em termos de preços relativos (a relação do preço de um bem em relação a um bem de característica diferente), para que estes possam sinalizar as preferências sociais e os custos de produção de mercadorias. Deve também evitar o desincentivo ao investimento.

Distorções - Para facilitar o cumprimento de metas socialmente desejáveis é aceito a introdução de algumas distorções em termos de preços – o sistema tributário deve ser flexível

Sobretaxa de tributos ao cigarro
Redução tributária ao leite

Incentivos fiscais – quando se quer, por exemplo, estimular a produção e o consumo também podem ser utilizados para função distributiva. Quando se quer estimular o nascimento de um novo setor industrial no país, mas que no início não tenha condições de concorrer com produtos internacionais. Pode ser utilizado para estímulo às exportações ou dificultar as importações.
O subsídio funciona como um imposto negativo, enquanto o imposto aumenta o preço da mercadoria o subsídio tem por objetivo rebaixá-lo

O grande cuidado que o ente público deve ter em relação às distorções é que, com o objetivo de maleabilidade, corre o risco de cair na discricionariedade, que é tornar as decisões econômicas extremamente politizadas, com perigo de sacrificar a eficiência em favor de um sistema cartorial.

Déficit público e dívida pública

Carga tributária bruta = Total de impostos arrecadados no país

Carga tributária líquida = Carga tributária bruta - transferências (juros, subsídios, assistência e previdência social)

Poupança do governo em conta corrente = Carga tributária líquida – consumo do governo

A poupança do governo não é o resultado do orçamento público nem uma medida de déficit público, pois não considera as despesas de capital do governo. Mostra a capacidade de investimento sem pressionar outras fontes de financiamento (sem necessidade de mais empréstimos)

Déficit público

Déficit público = Investimentos governamentais – poupança do governo em conta corrente

Quando o governo gasta mais do que arrecada temos o déficit público, quando a arrecadação supera os gastos temos superávit

Existem vários conceitos de déficit público, como veremos a seguir:

Déficit nominal ou total

Também chamado de necessidades de financiamento líquido do setor público – conceito nominal

Indica o fluxo líquido de novos financiamentos obtidos ao longo de um ano pelo setor público

Déficit primário ou fiscal

É o déficit total, excluindo a correção monetária, cambial e os juros da dívida contraída anteriormente – mostra efetivamente a condução da política fiscal do governo pois exclui as despesas e receitas financeiras.

No fundo, é a diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no exercício

Déficit operacional

Também chamado de necessidades de financiamento do setor público – conceito operacional

É o déficit primário, acrescido dos juros da dívida passada, excluindo a correção monetária e cambial.

Existem enormes dificuldades para apuração do déficit público. Há dois regimes de contabilização:
- REGIME DE COMPETÊNCIA – os fatos contábeis são registrados no momento em que ocorreu o fato gerador.
- REGIME DE CAIXA – o registro contábil ocorre no momento em que se dá o pagamento ou recebimento

Financiamento do déficit

Medidas tradicionais de política fiscal – aumento de impostos e corte nos gastos públicos e o financiamento se dá através de medidas extrafiscais que são:

Emissão de moeda – forma eminentemente inflacionária, mas que não aumenta o endividamento público. O Bacen cria moeda para financiar a dívida do tesouro.

Venda de títulos da dívida pública – é a troca de títulos por moeda que já está em circulação, não cria pressão inflacionária, mas eleva a dívida pública. Como os juros devem ser atraentes acarreta uma elevação adicional no endividamento.

Necessidade de financiamento do setor público

É um conceito utilizado pelo FMI para acompanhar a condução da política econômica dos países

NFSPcn (conceito nominal) – engloba qualquer demanda de recursos pelo setor público = déficit nominal

NFSPco (conceito operacional) – deduz as correções monetária e cambial da dívida = déficit operacional

Governo x Atividade econômica

Política fiscal contracionista ou restritiva - superávit

Política fiscal expansiva - déficit